Ansiedade e Dispepsia: entenda a relação

A ansiedade e dispepsia são dois conceitos diferentes, mas amplamente relacionados e capazes de reduzir a qualidade de vida de um indivíduo, causando uma série de sintomas. Além disso, uma pode desencadear a outra.

Entretanto, as duas condições nem sempre são apresentadas de forma correta. Fazendo com que muitos não saibam quais são os sinais a serem percebidos. O resultado, é que passam anos acreditando que todo aquele desconforto é natural.

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Mesmo atualmente, com as diversas discussões que vemos sobre o transtorno de ansiedade, uma grande parcela da população não vê os sintomas como um problema real. Em muitos casos, esses sinais são vistos como uma questão do organismo, resultado de outro aspecto ou condição e assim por diante. Com o alto nível de estresse da rotina do ser humano, maior a necessidade de compreender o próprio corpo, conhecer os limites e saber o que fazer em seguida.

Ansiedade e Dispepsia: o que é?

Primeiramente, é interessante definirmos os conceitos por trás de cada uma dessas condições.

Assim, a ansiedade é definida como uma resposta emocional do organismo a um estado de apreensão/preocupação. Com isso, envolve diferentes sentimentos e sensações, como medo, incerteza e desesperança. A intensidade dos sintomas é variável.

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Geralmente, a ansiedade acontece de forma natural em situações de tensão. Como antes de realizar uma grande prova, saber um resultado que está sendo esperado e até quando precisa tomar uma decisão importante.

Porém, o problema está quando essa condição é intensa e causa incômodos e/ou prejudica a vida comum. Como quando não consegue falar em público, sente que está “sem ar”, tem picos de dores de cabeça ou mesmo quando isso causa uma tristeza profunda, isolamento social e mais.

Se quiser saber mais sobre os tipos de ansiedade, confira um post especial aqui.

Já a dispepsia é uma questão física relacionada ao sistema digestivo. Neste caso, provoca uma má digestão ou mesmo uma alteração na mucosa estomacal, deixando-a mais sensível. Frequentemente, esse tipo de condição é associada a uma bactéria, mas pode ocorrer por outros fatores.  Por exemplo, é uma condição comum em pacientes que fazem uso inadequado ou frequente de fármacos, ou quando há intolerância alimentar.

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Por que a ansiedade causa sintomas físicos?

Antes de entender a relação entre esses dois conceitos, é válido considerar as manifestações da ansiedade. Isso porque, muitos pensam nisso como algo unicamente emocional.

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Dessa forma, sabemos hoje (após o desenvolvimento de muitas pesquisas), que diversas condições mentais e emocionais causam reações adversas no corpo. Dentre elas, sintomas físicos.

O estresse, por exemplo, consegue causar um rebaixamento na atenção, memória, pode provocar reações alérgicas (dermatites), comprometer a função digestiva e alimentar, bem como uma parada no funcionamento cerebral.

Por exemplo, alguns indivíduos que passam por picos de estresse, ou de forma contínua, podem se dissociar da realidade. Como resultado, estão acordados, mas completamente fora do funcionamento mental, sem perceber aquilo que está acontecendo em sua volta. Outros, podem ter episódios de convulsões e desmaios.

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Neste cenário, o mesmo ocorre com a ansiedade. Mesmo que os sintomas emocionais sejam os de referência, os mais conhecidos.

Justamente por isso, muitos relatam dores no peito (como se estivessem infartando), tonturas e vertigens, dificuldade para respirar e muito mais.

Isso tudo acontece devido à interação do corpo, alterações hormonais, funcionamento do sistema nervoso autônomo e outros.

Na prática, todo o organismo está interligado, incluindo aspectos físicos, emocionais e mentais. Com as interações, um impulsiona o outro, provando e estimulando reações adversas. Portanto, é comum que o ansioso apresente dores de cabeça, já que causa uma descarga na corrente sanguínea que, associada a preocupação e demais fatores, desencadeia outros sintomas.

Assim, é importante que você tenha em mente que tudo está interligado.

Por isso, a nossa dica é: comece um atendimento terapêutico o quanto antes. Desse modo, você conseguirá entender melhor os seus sintomas, como amenizar e garantir mais qualidade de vida.

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Entenda a relação

Entender a relação entre ansiedade e dispepsia é compreender essa ligação entre corpo e mente como algo biológico. Ou seja, não se trata de algo alternativo, mas de uma ciência.

Portanto, a ansiedade se expressa através de alterações mentais e emocionais, no comportamento e fisiológicas. Sendo essa última as mudanças nas funções do corpo, como liberação e produção de hormônios.

Isso significa que, de forma indireta, causa sintomas diversos, que nem sempre parece ansiedade. Inclusive, é comum que muitos pacientes busquem tratamentos e médicos com queixas que parecem não ter uma solução. Simplesmente porque a resposta está na ansiedade.

Ao mesmo tempo, quanto maior o nível de ansiedade, maior a intensidade dos sintomas físicos e das manifestações. Por exemplo, se você tem um evento muito importante que desencadeia a ansiedade, quanto mais próximo da data, maior a gama de sintomas que vão aparecer. Desde uma dor de cabeça leve, até tensão e dores musculares, náuseas e vômitos, etc.

Com isso, o problema dessa interação é que funciona em ciclo, o que pode atrapalhar totalmente o bem-estar. Ou seja, quanto maior a ansiedade, maiores os sintomas. Logo, quanto mais sintomas, mais estresse e ansiedade.

Neste cenário, a dispepsia surge como uma resposta gastrointestinal decorrente da ansiedade.

Apresentando sintomas como:

·         Alterações no apetite, seja perda ou excesso de fome;

·         Dores no estômago e barriga;

·         Náuseas constantes;

·         Vômito;

·         Diarreia;

·         Sensação de queimação, etc.

A maioria dos indivíduos relatam uma sensação de nojo dos alimentos, o que pode provocar um ciclo de comer e passar mal.

Como a dispepsia está relacionada a questões que envolvem estômago e intestino, são várias as formas de manifestação. Desde uma azia leve, até um inchaço e desconforto ou tensão no abdômen.

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É importante destacar que muitos pacientes ansiosos apresentam a Dispepsia Funcional. Isso quer dizer que possuem todos os sintomas característicos da condição. Porém, ao realizar exames clínicos, como uma endoscopia, não aparece nenhum sinal de doença.

Dispepsia Funcional: quando os exames não comprovam os sintomas

A dispepsia funcional é um dos grandes desafios dos pacientes ansiosos, que levam milhares de pessoas a realizar exames, muitas vezes, desnecessários.

Para você entender melhor, sempre que temos um sintoma físico, esperamos que isso seja apresentado em algum exame ou constatação médica. Em outras palavras, é uma maneira de comprovar aquilo que estamos dizendo. Ao mesmo tempo, encontrar uma resposta significa descobrir uma maneira de resolver aquela condição.

Por exemplo, se você tem dores de cabeça constantes, vai ao médico e é encaminhado para um oftalmologista. Este descobre que você tem miopia e que precisa usar um óculos. Fazendo isso a dor some, você enxerga melhor e o problema está resolvido. Esse é o tipo de situação que estamos sempre que há um sintoma físico, que se apresenta no corpo.

Entretanto, quando os exames não mostram resultados, vem a frustração. Afinal, se não há nada, porque há o sintoma, não é?

Acontece que essa relação entre ansiedade e dispepsia, ou mesmo outras condições, não são faladas ou apresentadas regularmente. Mesmo que sejam comuns. Como resultado, parece algo distante da realidade.

Da mesma maneira, causa aquele desconforto de não ser um problema real ou sério demais. Mesmo que seja.

Assim, a dispepsia funcional apresenta sintomas característicos sem complicações físicas ou alterações fisiológicas.

Dicas para lidar com ansiedade e dispepsia

A dispepsia, quando há uma alteração física, é tratada a partir das complicações. Ou seja, pode ser recomendada a alteração medicamentosa, medicamentos que protegem a mucosa, uso de analgésicos, etc.

Porém, quando não há essa comprovação laboral, sendo comum em quadros de ansiedade que causam a condição, o foco está nos tratamentos direcionais. Portanto, para alívio do quadro geral e estabilização dos sintomas.

Inclusive, essas dicas são válidas para todos os momentos, tanto quando há uma crise quanto para preveni-la.

Repensando a alimentação

A alimentação é um dos principais fatores de atenção da ansiedade e dispepsia.

Isso decorre do fato de que o ansioso tende a comer muito, ou ficar longos períodos de jejum, e geralmente escolhe mal os alimentos. Ou seja, é aquele ato de escolher algo pronto, frito, que ofereça uma sensação imediata de prazer.

Então, existem dois pilares básicos recomendados aqui: alimentação balanceada e rotina alimentar. Isso significa ter horários para comer e fazer boas opções de pratos. Principalmente nas três principais refeições do dia: café da manhã, almoço e jantar.

Da mesma maneira, o ideal é evitar alimentos ricos em gorduras, como fast food, massas e frituras, e optar por legumes, verduras, carnes magras, e frutas.

Além disso, alimentos ricos em sal, com cheiros muito fortes, apimentados e com muitos temperos, tendem a piorar o quadro. Ou seja, prefira evitá-los.

Essa prática auxilia no funcionamento estomacal e intestinal, ao passo que também contribui para um controle nos níveis energéticos. Isso pode contribuir para evitar picos de estresse, compulsão alimentar e outros problemas.

Inicie o tratamento terapêutico

A melhor resposta para a ansiedade e dispepsia é iniciar um tratamento terapêutico. 

Dessa forma, o foco da terapia é permitir que você entenda melhor o quadro e busque autoconhecimento. Com isso, saberá o que desencadeia uma crise de ansiedade e descobrirá formas saudáveis de lidar com essa condição.

Além disso, é a melhor maneira de desenvolver a autoconfiança, conhecer as próprias emoções, evitar respostas por impulso e trabalhar a favor de si mesmo. Desenvolvendo uma boa rotina, estabilidade física e psicológica, bem como facilitar o processo de tomada de decisão. Em todos os aspectos.

Quando você passa a entender os sintomas ansiosos, como e porque eles acontecem, é capaz de prevenir uma crise e fortalecer a sua mente para as situações adversas que ocorrem no dia. Afinal, não dá para livrar-se completamente do estresse e do mundo. Então, cabe aprender como manusear tudo isso.

Por isso, é indispensável entender os próprios processos, ter uma perspectiva de autocuidado e considerar o que pode ser feito a cada instante.

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Ansiedade e Dispepsia: os exercícios físicos podem mudar a sua vida

As atividades físicas são reguladoras do corpo humano, essenciais para o equilíbrio, saúde e bem-estar.

Em síntese, o corpo funciona como uma máquina. Logo, para manter-se em pleno “vapor”, precisa de energia, estabilidade e equilíbrio. Tudo isso se dá através da saúde física e mental, alimentação, movimentação e mais.

Na prática, os exercícios melhoram a liberação de hormônios, elevam a sensação de felicidade, evitam o sobrepeso, obesidade e outros problemas de saúde, bem como proporcionam um alívio nos sintomas ansiosos e do estresse.

Inclusive, para ter todas essas vantagens, você só precisa fazer 30 minutos diários de exercício. Ou praticar uma hora três vezes na semana. E também pode escolher qualquer tipo de exercício. Como caminhadas, corrida, musculação, natação/hidroginástica, dança, etc.

Por isso, é interessante encontrar uma brecha na rotina para alongar e exercitar o corpo, aproveitando esse instante ao máximo.

Relaxamento muscular

Por fim, o relaxamento muscular é indispensável para o ser humano e uma recomendação valiosa em casos de ansiedade e dispepsia.

Em suma, sempre que surge algum sintoma de ansiedade, estresse ou dores, o corpo tende a ficar tensionado, causando um grande desgaste físico e mental. Afinal, o efeito disso na musculatura faz com que seja impossível relaxar adequadamente. O resultado, são mais dores e desconfortos.

Por isso, além dos alongamentos diários, recomendados pela OMS ao acordar e antes de dormir, uma técnica especial é o “Boneco de Pano”.

Tudo o que você precisa fazer é ficar em um local tranquilo e confortável e se sentar em uma cadeira ou no chão mesmo. Em seguida, “solte” todo o seu corpo, como se fosse um boneco mesmo. Os membros devem ficar moles e agir conforme a gravidade, para baixo.

Lentamente, você vai sentir uma redução na tensão e um alívio nas dores, principalmente nos ombros. Quanto mais conseguir relaxar o corpo e a mente, melhor serão os resultados.

Enfim, se quiser saber mais, conhecer nossos profissionais, conferir os posts do blog ou entrar em contato, é só acessar a Fepo.

Felipe Laccelva

Felipe Laccelva

Psicólogo formado há mais de dez anos, fundador e CEO da Fepo. Fascinado pela Abordagem Centrada na Pessoa, que tem a empatia como eixo central para transformar o ser humano. Sempre buscou levar a psicologia para mais pessoas e dessa forma criar um mundo mais saudável e acolhedor.

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