Como lidar com uma pessoa bipolar?

O transtorno bipolar é uma disfunção cerebral que causa alterações ou flutuações incomuns no humor, no impulso, no nível de atividade e na capacidade de realizar tarefas diárias. Mas como lidar com uma pessoa bipolar?

O transtorno bipolar é uma doença mental grave. As pessoas que sofrem com a bipolaridade experimentam altos e baixos de sentimentos. Às vezes, os afetados se sentem muito deprimidos; depois, eufóricos, excitados, hiperativos e superestimam a si mesmos.

É importante ressaltar aqui que esse texto não tem como finalidade substituir a ida ao psicólogo, esse artigo tem caráter meramente informativo. Então, caso você perceba semelhanças entre sua realidade e, a realidade de pessoas próximas nos assuntos aqui tratados, procure um profissional da área de Psicologia. 

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Afinal, o que é bipolaridade? 

Existem tipos básicos de bipolaridade. Todos eles envolvem mudanças significativas de humor, motivação e nível de atividade. 

Esses humores variam de períodos de euforia extrema, comportamento divertido e enérgico (episódios maníacos) a depressão, períodos muito tristes ou sem esperança (episódios depressivos). 

Transtorno bipolar I– é caracterizado por episódios maníacos que duram pelo menos 7 dias ou por sintomas maníacos tão graves que a pessoa precisa de cuidados hospitalares imediatos. 

Como regra, também ocorrem episódios depressivos, que geralmente duram pelo menos 2 semanas. Episódios de depressão com características mistas (depressão e sintomas maníacos ao mesmo tempo) também são possíveis.

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Transtorno bipolar II – é definido por um padrão de episódios depressivos e hipomaníacos, mas não pelos episódios maníacos descritos acima.

Transtorno ciclotímico (também chamado de ciclotimia) – é caracterizado por numerosos períodos de sintomas hipomaníacos e numerosos períodos de sintomas depressivos que duram pelo menos 2 anos. 

No entanto, os sintomas não atendem aos requisitos de diagnóstico para um episódio hipomaníaco e depressivo.

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Outros distúrbios bipolares e afins especificados e não especificados são caracterizados por sintomas de distúrbios bipolares que não correspondem às três categorias listadas acima.

Dito isso, a primeira desconstrução em relação ao significado da doença é justamente que aquelas oscilações de humor, como a TPM (Tensão Pré-Menstrual) é extremamente normal. Essas variações não caracterizam a bipolaridade, pois são comuns e compreensíveis. 

A bipolaridade em si é bem mais profunda do que imaginamos, pois, a pessoa que é bipolar tem uma constância do estado eufórico além de sintomas relacionados com a depressão. 

Tudo isso acontece em um período que varia muito, mas com certeza ocorre há mais de três semanas, sendo que ao longo desse período, os sintomas vão piorando de forma progressiva, chegando até, possivelmente, uma internação em hospital. 

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Como lidar com uma pessoa bipolar

Sintomas da bipolaridade

Em um modo geral, a bipolaridade é dividida entre a fase maníaca e a fase depressiva. 

Na fase maníaca, o paciente costuma se distrair muito fácil; tem uma autoestima elevada se iludindo sobre quem é ou que tem algumas habilidades; sempre tem muita energia para fazer as coisas; constantemente possui uma agitação ou até mesmo uma irritação; não sente a necessidade de dormir; não consegue discernir as coisas.

Os pensamentos costumam ser muito acelerados; abusa da comida, além de bebidas alcóolicas, podendo chegar ao consumo de drogas; mantém relações sexuais com diversas pessoas ao mesmo tempo; costuma gastar além do normal; e não tem nenhum controle temperamental. 

Já na fase depressiva, a pessoa não consegue se concentrar facilmente; ao contrário da fase maníaca, aqui o paciente não tem autoestima nenhuma, e na maioria das vezes ele(a) se sente inútil para ajudar os outros; muito comum também a falta de energia; diariamente é sentido um desânimo ou até tristeza.

Na hora de dormir sempre existe algo que impede o sono ou não consegue sair da cama de tanto dormir; a memória, apresentando uma dificuldade para lembrar das coisas.

Constantemente os pensamentos indicam o desejo de morte ou suicídio; as atividades que eram mais interessantes acabam perdendo o sentido; e esse paciente pode se afastar da sua roda de amigos. 

Cuidado para não confundir essas doenças com a bipolaridade

Os transtornos ou doenças costumam ser confundidos entre si justamente pela similaridade dos sintomas, por esse motivo, atente-se às diferenças. 

Distimia: nesse transtorno a pessoa também apresenta uma oscilação no seu quadro de humor, e a tendência é a depressão. A pessoa sempre vive reclamando das coisas, nunca tira proveito de nada, o mau humor está sempre presente, além de que tudo que vai fazer diz que é esforço. 

Porém, este indivíduo sempre consegue cumprir suas responsabilidades normalmente, contudo, sempre com uma péssima qualidade de vida. 

Disforia: neste caso, o individuo sempre vai apresentar uma irritação muito fácil, com a ansiedade sempre atacada e com os pensamentos acelerados. 

Em nenhum desses casos é transtorno de bipolaridade, mas perceba como os sintomas são bem parecidos, e por esse motivo, reforçarmos o conselho de marcar uma consulta com um profissional da área de Psicologia. Nunca utilize esses textos como diagnóstico, prefira sempre o tratamento psicológico.

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Nós sentimos a real necessidade de reforçar o que foi dito anteriormente com algumas observações a mais. 

Você nunca estará impedido de marcar uma consulta com o profissional de Psicologia, salvo nos casos de carência financeira. Se você tem condições financeiras para tal, sempre opte por esse tratamento. 

Ao primeiro sinal de qualquer transtorno ou problema que te impede de realizar suas atividades normais, procure um profissional. 

Sua prioridade deve ser sempre a sua saúde, e em especial a sua saúde mental. O dinheiro que você vai gastar em uma clínica psicológica é um investimento em você e no seu bem-estar, nesses momentos a palavra “economia” deve ser deixada um pouco de lado. 

O diagnóstico precoce é importante e ajuda em como lidar com uma pessoa bipolar

É importante que um transtorno bipolar seja diagnosticado o mais rápido possível. Se não tratada, as fases maníaca e depressiva aparecem cada vez mais. 

Quanto mais episódios maníacos ou depressivos o paciente passar, pior será o tratamento. Por outro lado, isso significa que a terapia medicamentosa oportuna pode melhorar significativamente o curso.

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Felipe Laccelva

Felipe Laccelva

Psicólogo formado há mais de dez anos, fundador e CEO da Fepo. Fascinado pela Abordagem Centrada na Pessoa, que tem a empatia como eixo central para transformar o ser humano. Sempre buscou levar a psicologia para mais pessoas e dessa forma criar um mundo mais saudável e acolhedor.

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