Comportamento bipolar como identificar?

É muito comum ouvirmos que só porque alguém muda de humor muito rápido (as vezes é somente uma oscilação normal e comum). Como identificar o comportamento bipolar?

O comportamento bipolar passou por uma negligência da população no sentido de acharem que, somente por estar ocorrendo uma oscilação de humor o transtorno de bipolaridade é o causador. É importante pausar comentários como chamar os outros de bipolar por uma simples mudança no humor.

Devemos ressaltar (e que isso fique bem claro) que toda oscilação de humor pode ter uma origem diferente, mesmo em pessoas que já estejam no quadro de comportamento bipolar, até porque nós somos seres humanos e não máquinas.

O nosso emocional passa por diversas situações ao longo do dia e é compreensível que não estejamos completamente felizes ou tristes o tempo todo.

Inclusive, é interessante saber que o humor equilibrado é uma utopia, pois é justamente como foi dito acima, todos nós somos humanos passíveis dos sentimentos mais diversos possíveis.

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Caso você esteja passando por uma situação difícil na vida (como o luto) é normal que o humor tenha alterações, afinal coisas importantes estão ocorrendo em sua vida.

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O que é o comportamento bipolar?

O primeiro passo é entender o que é o transtorno bipolar e como ele pode ser identificado, assim a gente começa a parar de generalizar as oscilações de humor comuns, sempre colocando tudo “no mesmo saco”, sem o devido respeito aos pacientes que passam por essa situação.

No caso de o paciente ter a certeza de que tem o transtorno bipolar, é possível perceber que eles alternam os períodos de humor muito bom (que é considerado mania) e os momentos de irritabilidade.

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Essas oscilações de humor podem ocorrer de uma forma bastante rápida, mas quanto a sua frequência não existe um padrão, dependerá muito de como está o quadro desse paciente.

Dessa forma, podemos dizer que, falando do comportamento bipolar sem tratamento, esses períodos (principalmente da depressão) podem durar de três a seis meses, então percebe-se a necessidade de haver um acompanhamento profissional.

Depois dessa fase, percebemos um outro período, agora variável, que se refere a euforia, podendo ter a duração parecida com a da depressão (de três a seis meses). De qualquer forma, esses dois períodos citados podem ser controlados e encurtados com o devido tratamento.

Tipos do transtorno bipolar

Agora que você já entendeu o transtorno bipolar de uma forma geral, iremos tratar especificamente dos tipos específicos, porém com o seu diagnóstico personalizado será possível entender melhor sobre o seu quadro.

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O transtorno bipolar tipo 1 está relacionado aos pacientes que demonstram um episódio maníaco e alguns de depressão profunda, e antigamente os estudiosos da área chamavam esse tipo de depressão maníaca.

No caso do transtorno bipolar tipo 2 percebemos que os paciente não tiveram fases maníacas completas, pelo contrário, esses pacientes possuíram alguns níveis altos de energia (que já não se assemelham tanto a euforia).

Esse episódio mais energético e impulsivo dos pacientes pode ser denominado de hipomania, e geralmente se apresentam de forma alterna aos episódios de depressão.

Dentro os tipos de transtorno bipolar, vemos que existe uma “modalidade” mais leve, conhecida como ciclotimia, que pode apresentar oscilações no humor menos danosas e com menor gravidade.

As pessoas que se encaixam nesse tipo mais leve geralmente passam pela hipomania e a depressão leve, e é até comum que as pessoas com o transtorno bipolar tipo dois sejam equivocadamente diagnosticadas, como se possuíssem somente a depressão.

Quais os sintomas de transtorno bipolar?

Quando o paciente se encontra na fase maníaca, percebe-se uma certa facilidade em se distrair. Além disso, ele possui muita energia, e consequentemente uma agitação (e as vezes até uma irritabilidade) maior do que era antes.

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A autoestima dos pacientes da fase maníaca é altíssima, podendo estar iludido quanto a si ou até de suas habilidades.

Esses pacientes podem apresentar também uma compulsão alimentar ou abuso de ilícitos, como se tivesse que concentrar algum sentimento nesses vícios.

Por fim, os pacientes na fase maníaca também possuem pensamentos muito acelerados, e por isso são tão fáceis de se distrair.

No caso dos pacientes na fase depressiva, os sintomas são ligeiramente ao contrário, como por exemplo a concentração, que no caso deles há uma dificuldade em se concentrar (e não distrair).

A autoestima desses pacientes, por outro lado, se apresenta de uma forma muito baixa, e é comum possuir um sentimento de inútil, podendo se ver como culpado por todas as coisas.

Ao contrário da fase maníaca, na fase depressiva há uma falta de energia quase que sempre, e o desânimo ocupa essa mente todos os dias, chegando à tristeza.

Por fim, o pensamento da fase depressiva é mais voltado para a morte ou suicídio (podendo ser os dois).

Felipe Laccelva

Felipe Laccelva

Psicólogo formado há mais de dez anos, fundador e CEO da Fepo. Fascinado pela Abordagem Centrada na Pessoa, que tem a empatia como eixo central para transformar o ser humano. Sempre buscou levar a psicologia para mais pessoas e dessa forma criar um mundo mais saudável e acolhedor.

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