Depressão tem cura? Descubra aqui tudo o que precisa saber

A questão “depressão tem cura?” é uma das mais comuns para aqueles que sofrem com esse transtorno ou mesmo por aqueles que convivem com alguém diagnosticado, que afeta mais de 350 milhões de pessoas no mundo todo, conforme dados da OMS.

Neste cenário, muitas dúvidas surgem sobre quais são os sinais de alerta, mas o que fazer ao perceber isso, como lidar com as adversidades do dia e os impactos físicos e mentais que reduzem a qualidade de vida.

Aqui, vamos falar tudo o que você precisa saber para ter um atendimento realmente efetivo e dar os primeiros passos em direção ao futuro que está a sua espera.

O transtorno do século

A depressão é uma doença mental, ou seja, um transtorno.

Atualmente, temos evidências de que essa condição causa alterações químicas no cérebro, alterando o funcionamento dos neurotransmissores.

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Depressão tem cura

Na prática, a forma como os impulsos ocorrem e as substâncias que são liberadas são alteradas.

Além disso, existem diversos tipos de depressão, definidos a partir do conjunto de sintomas que apresentam, como:

  • Depressão Pós-Parto;
  • Psicótica;
  • Ansiosa;
  • Distimia;
  • Atípica;
  • Sazonal;
  • Casual e outras.

Em todas elas, há sintomas comuns, que são os sintomas de alteração do humor, com um rebaixamento que causa tristeza, baixa autoestima, desânimo e outras. Seja em episódios ou de forma persistente.

 A primeira vez que a palavra surgiu, com o sentido mais próximo do usado atualmente, foi no século 19. Mas, antes disso, já era usado o termo “melancolia”. Entretanto, este último era associado a loucura, cunhado por Hipócrates para se referir a um dos humores do corpo, neste caso, a bile negra.

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Já na Idade Média, a ideia da melancolia vinha do “enfraquecimento da vontade” e passou a ser associada com o diabo, que gerava dúvidas e pensamentos ruins.

Dessa forma, muitos anos depois dos primeiros casos serem observados é que a depressão e a melancolia começam a ser afastadas e um nome importante surge neste cenário: Freud.

Segundo o pai da psicanálise:

  • Depressão: “advindo de um evento traumático e real onde ocorre o desinteresse pela realidade”;
  • Melancolia: “ligada a ausência de desejo sexual, onde o sujeito fica perdido em seu objeto (…), ausência do eu”.

A partir dessa divisão, tratar a depressão de forma mais humanizados começam a ganhar força, mesmo que em passos lentos.

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Hoje, sabemos que a depressão é um dos principais males que afetam os seres humanos, causando prejuízos significativos, reduzindo drasticamente a qualidade de vida e podendo levar ao suicídio, quando os casos de depressão são graves.

Mas, por que a depressão tem números gritantes atualmente?

Uma dúvida comum é: se hoje sabemos mais sobre a depressão do que há dez anos, por que o número de casos tem aumentado?

Bom, existem diversas causas da depressão prováveis para isso, que vem sendo estudadas por especialistas nos últimos anos. Inclusive, muitos já consideram o transtorno como uma epidemia, alastrando famílias e grupos sociais de forma massiva.

Entretanto, como existem vários fatores associados, precisamos pensar em algo conjunto, considerando a sociedade.

Neste aspecto, as principais causas incluem:

  • Afastamento da vida social, impulsionado com o avanço tecnológico;
  • Elevação do estresse;
  • Elevação dos sintomas ansiosos;
  • Níveis elevados de críticas;
  • Aceitação: com padrões cada vez mais inalcançáveis, etc.

Sintomas clássicos

Os sintomas mais clássicos da depressão é a apatia, falta de energia, alterações no padrão de sono e imutabilidade, ou seja, eventos ou notícias boas não alteram o humor.

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Porém, vale destacar que, quando leve, a depressão pode não estar presente em todos os instantes, mas sim em eventos depressivos. Por exemplo, você até fica feliz com alguma coisa, mas esse sentimento não é sustentado.

Outro sintoma característico é a incapacidade em sentir prazer, mesmo com coisas que antes você amava fazer.

Além disso, os sintomas são mentais e físicos, além do desanimo e até da frustração, você pode sentir dores no corpo, cefaleia e crises de enxaqueca, compulsão alimentar, muito ou nenhum sono, dormências, etc.

Depressão tem cura

Outros sintomas comuns incluem:

  • Sentimento de vazio;
  • Fadiga e sensação de falta de ar;
  • Culpa;
  • Alterações na libido;
  • Falta de atenção e concentração;
  • Redução na produtividade;
  • Rebaixamento da autoestima.

Crianças e adolescentes também podem apresentar raiva e agressividade, isolamento social e problemas na escola. Enquanto muitos adultos passam a ter problemas no emprego e no círculo social comum, como cônjuge e filhos.

É importante destacar que cada indivíduo pode apresentar uma seleção específica de sintomas. Daí a importância de procurar um profissional o quanto antes.

Afinal, depressão tem cura?

Se você chegou até aqui com essa dúvida, precisa entender que os tipos e sintomas vão ajudar a definir um quadro clínico.

Assim, o CID, o manual que classifica e apresenta doenças e problemas de saúde, define a depressão como uma “doença psiquiátrica crônica e recorrente”.

Em outras palavras, é uma tristeza patológica, que não acaba e que, muitas vezes, não tem um motivo aparente ou específico, mas que gera a perda da motivação, dos desejos e do prazer em geral.

Aliás, esses sintomas podem durar dias, meses ou se estender por anos.

Com isso, é diferente de uma tristeza transitória, que ocorra quando vivenciamos algum acontecimento ou trauma que causa a emoção. Como perder um emprego, um familiar/amigo, decorrente de dificuldades financeiras, brigas e desentendimentos e mais.

Ainda que seja desagradável, a tristeza transitória passa, sendo eventos esporádicos e marcados por algum motivo.  

A depressão tem cura por ser possível ter a remissão completa de todos os sintomas da doença.

Em resumo, você será capaz de voltar a sua vida normal. Mas, para isso, é essencial seguir um tratamento adequado, sem qualquer tipo de negligência e considerando o seu caso em específico, assim é possível chegar a cura da depressão.

Por outro lado, é essencial fazer um acompanhamento de saúde mental e prestar atenção se sinais de alerta começarem a surgir novamente.

Segundo especialistas, pacientes que já tiveram um quadro de depressão estão 50% mais propensos a desenvolver novamente o transtorno. Sendo que esse número é elevado a cada episódio.

Frequentemente, essas quedas ocorrem quando o tratamento não é adequado ou não é seguido completamente. Variando também conforme o tipo de depressão.

Indivíduos com um quadro grave, podem precisar de medicamentos para controle de humor para evitar essa recorrência.

Tratamento – Se depressão tem cura, o que preciso fazer?

Sabendo que a depressão tem cura, a próxima pergunta é o que fazer diante dos sintomas.

Neste cenário, se notar esse rebaixamento no humor, procure um psicólogo o quanto antes e inicia uma averiguação geral da sua saúde mental. O quanto antes o tratamento for iniciado, mais rapidamente você poderá alcançar o bem-estar.

Dessa forma, quando o quadro é classificado como leve, o paciente passa por uma mudança completa no estilo de vida aliado as sessões terapêuticas.

Por outro lado, em casos classificados como graves, também são incluídos medicamentos, que auxiliam nos fatores físicos e genéticos.

Já o tempo de tratamento é variável, porque cada indivíduo se adapta e reage ao tratamento de uma maneira.

Uma dica indispensável é: se você já passou por uma crise depressiva, tristeza profunda ou tem casos no núcleo familiar, redobre a atenção e os cuidados.

Acontece que os últimos estudos, incluindo a pesquisa da Pubmed, mostra que a depressão tem origem genética, mesmo que não seja uma regra. Ou seja, pode ou não ocorrer, mas as chances são mais elevadas.

Por que tenho depressão?

A depressão ainda é uma doença ligada a muitos desafios, não apenas por ser mental, mas por causar efeitos físicos sem um motivo aparente.

O resultado é que muitos pacientes são taxados de preguiçosos ou de incompetentes quando, na verdade, mal possuem energia suficiente para sair da cama.

Geralmente, ao chegar em um consultório, as perguntas que mais aparecem são se a “depressão tem cura” e “porque tenho isso”. O que são questões totalmente válidas.

Pensando nas causas, há diversas possibilidades, como traços genéticos e de personalidade, distúrbios no cérebro e fatores ambientais, que são os mais comuns.

Não à toa, é comum que pacientes depressivos tenham, em algum momento da vida:

  • Abusado de drogas e/ou álcool;
  • Passado por um grande trauma na infância;
  • Situação de luto, principalmente aqueles não vivenciados;
  • Doenças sistêmicas;
  • Estresse;
  • Uso, bem como abuso, de alguns medicamentos, etc.

Além disso, não é incomum que o indivíduo passe por aquela situação “intacto”, mas que apresente reações adversas anos depois, quando sente que deveria estar feliz, mas não está.

No ambiente clínico também são analisados fatores associados, como ambientes externos e internos que atuam em conjunto, gerando o quadro depressivo. Portanto, é multifatorial.

F.A.Q – As respostas que você estava procurando

Se depressão tem cura, eu preciso aceitar a doença?

Muito se fala sobre aceitar a depressão. Mas isso não significa torná-la comum na sua vida, pelo contrário.

A ideia de aceitar é entender que é um problema real, que não há motivo para ter vergonha e que existem diversas opções de tratamento que vão lhe ajudar.

Dessa forma, aceitar é a chave para entender as causas e sintomas, procurar ajuda e seguir com todas as indicações clínicas, principalmente para reduzir os sinais mais preocupantes, como sintomas suicidas.

A sensação de que tudo está em câmera lenta: o que é isso?

A depressão causa uma condição chamada de Desaceleração Perene.

Essa condição envolve o ser humano de forma completa, desde as emoções, sentimentos e até aspectos físicos. Neste cenário, muitos dizem que sentem como se tudo estivesse em câmera lenta.

Isso quer dizer que o seu ritmo realmente está mais lento, que se movimentar é extremamente cansativo e suga toda a sua energia (que já não é muita), compromete a sua concentração, a atenção é reduzida e tudo fica mais “cinza”.

Por isso, os deprimidos tendem a fazer o mínimo possível, porque tudo está tão lento e consome tanta energia que causa a sensação de que não é possível, de que é muito difícil, seja ir para o trabalho, seja tomar um banho.

Uma pessoa que conheço apresenta os sintomas, o que posso fazer já que a depressão tem cura?

Lidar com pessoas que tem depressão não é fácil, principalmente se você reconhece os sintomas e entende como a doença é debilitante.

Assim, há uma tríade importante a ser seguida:

  • Valide o quadro: para você, para o deprimido e para outras pessoas;
  • Ajude essa pessoa na busca por um tratamento: muitas vezes, até fazer isso é desgastante;
  • Trabalhe na sua paciência e seja um suporte: talvez você não precise fazer muito, mas pode auxiliar com a rotina, ser par nas alimentações do dia ou na prática de exercícios ou mesmo só uma companhia.

Se você notar que o indivíduo ainda não tem conhecimento sobre essa condição ou está tentando “varrer” os sintomas, evite qualquer tipo de tratamento forçado ou uma briga direta sobre o tema.

Nesses casos, é válido apenas ser um suporte, aquele que conversa e que está atento a piora no quadro.

Você também pode indicar o Centro de Valorização da Vida – CVV, que possui chat e telefone disponível 24 horas por dia.

Comprometimento da rotina e sinais de que nem sempre são notados

Por fim, a depressão tem cura, mas muitos demoram meses ou anos para procurar ajuda, acreditando que são capazes de lidar com a situação sozinhos ou mesmo por medo do estigma e até do diagnóstico.

Depressão tem cura

Portanto, a Fepo tem os melhores psicólogos disponíveis online, para você iniciar o seu tratamento agora, sem sair de casa. 

Afinal, sabemos que a depressão compromete toda a rotina, já que precisamos sempre pensar sobre o que fazer, vestir, falar, comer, como reagir e tudo o mais. Mesmo as atividades mais simples, demandam energia.

Da mesma maneira, muitas dessas decisões não são apenas racionais, pautadas na lógica, mas também no aspecto emocional.

Devido a isso, o deprimido já tem um rebaixamento de humor que torna as decisões mais difíceis, pesarosas e até dolorosas mental e fisicamente.

Aliado a isso, existem alguns sintomas “invisíveis”, como passar a dormir mais, ter perdas de energia, redução do convívio social (sensação de que tudo cansa), perda de interesse em coisas que gostava muito, alterações no peso e no apetite, etc.

Teoria das Colheres

A teoria das colheres diz que todos os indivíduos têm um número x (personalizado) de colheres para gastar no dia, sendo que essas colheres são gastas com atividades, de todos os tipos, como se arrumar, trabalhar, comer, sair com amigos, etc.

Nos deprimidos, esse número de colheres é reduzido drasticamente. Ou seja, o indivíduo não possui nada para gastar com o que não é extremamente necessário, como ir ao banheiro, mas muitas vezes falta colheres até para isso.

Essa é uma maneira didática de ensinar crianças sobre o tema, ou mesmo adultos, de reconhecer os limites que possui e como “se gastar”, mas também para não se comparar com outras pessoas.

Para saber mais, confira nossos profissionais e o blog, nos siga nas redes sociais e acompanhe todas as novidades. Coloque sua saúde mental em primeiro lugar.

Sabemos o quanto a vida vale e queremos que você conte a sua história, liberte-se e alcance todos os seus sonhos, um passo de cada vez!

Felipe Laccelva

Felipe Laccelva

Psicólogo formado há mais de dez anos, fundador e CEO da Fepo. Fascinado pela Abordagem Centrada na Pessoa, que tem a empatia como eixo central para transformar o ser humano. Sempre buscou levar a psicologia para mais pessoas e dessa forma criar um mundo mais saudável e acolhedor.

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