Esquizofrenia paranoide: quais os sintomas e causas?

A princípio, precisamos deixar claro o que é a esquizofrenia paranoide em si. 

A esquizofrenia não escolhe idade nem cultura, dessa forma, é um transtorno psíquico que exige muito estudo e análise. A esquizofrenia é dividida em alguns tipos, como a paranoide, catatônica hebefrênica, bem como as derivações atípicas dessa doença. 

Não se pode definir ao certo como a esquizofrenia vai se desenvolver no paciente, se de forma lenta ou gradual, tudo vai depender do caso concreto. A percepção da evolução da doença é muito difícil, e por isso, a urgência para um tratamento psicológico pode demorar algum tempo. 

Há também, pacientes em que a esquizofrenia se desenvolve tão rápido, que o diagnóstico leva alguns dias para sair, e com a apresentação de alguns sintomas, o que ajuda no tratamento. 

As causas da esquizofrenia podem ser as mais diversas, podendo ser algum evento traumático na infância, uso de drogas de forma abusiva ou até genética – já que é hereditária. 

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No caso da esquizofrenia paranoide – que é o foco desse texto – percebem-se delírios ou alucinações, o que compromete o funcionamento cognitivo do paciente. Esses delírios podem ter as mais variadas origens, tendo ligação com alguma religião, ciúmes nos casos de relacionamentos amorosos etc. 

De qualquer modo, sempre aconselhamos a ida ao profissional da área de Psicologia por motivos óbvios: o seu diagnóstico não está na internet, pois cada indivíduo é um ser individualizado, e por isso, apresentam particularidades – o que nos difere um dos outros. 

Ressalte-se aqui que este texto não tem como objetivo realizar o seu diagnóstico, pois o seu caso é único. Esse artigo tem como única e exclusiva finalidade informar os leitores, viabilizando o debate acerta do tema. Inclusive, o tema a ser debatido pode servir como objeto de dúvida, o que pode incentivar o tratamento psicológico. 

A ajuda profissional é peça fundamental no processo de tratamento da esquizofrenia, seja em qual área for. Ter isso em mente já ajudará o paciente a procurar ajuda. 

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Vamos entender um pouco mais sobre o tema, então? 

O que é a esquizofrenia paranoide? 

Esquizofrenia paranoide

Como vimos, a esquizofrenia é um transtorno mental, sendo que a pessoa perde a relação com a realidade, e em muitos casos os pacientes ouvem, veem ou sentem coisas que não condizem com a realidade objetiva. 

No caso da esquizofrenia paranoide, os delírios de perseguição se destacam além das alucinações. Essas sensações tornam a pessoa com uma desconfiança grande e muitas vezes agressiva / violenta. 

Em pacientes portadores da esquizofrenia paranoide não se percebe alteração nas emoções, muito menos um discurso desordenado. Atente-se que essa doença não tem cura, somente tratamento, daí sua importância. 

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O diagnóstico consiste em diversos exames, mesmo que não sejam mentais, justamente para excluir algumas opções de outras doenças a fim de não confundir o resultado. 

Quais os sintomas da esquizofrenia paranoide?

É importante deixar claro que cada pessoa é individual, portanto, os sintomas podem diferir um dos outros. Os sintomas que listamos aqui são considerados os mais comuns e recorrentes nos pacientes. 

– A pessoa não tem mais prazer em manter uma vida social, o que, consequentemente, leva a um isolamento social. Nesses casos, o paciente costuma se afastar do seu círculo de amigos; 

– O humor passa por diversas alterações, sendo que os maiores destaques são voltados para irritabilidade e apatia com os próximos; 

– A falta de concentração é aparente, além de uma falta de motivação, o que prejudica o rendimento da pessoa em atividades que já eram rotineiras; 

 – A pessoa costuma não se importar com sua aparência, muito menos com a higiene, sendo este sintoma muito aparente e evidente; 

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– Muito comum também a dificuldade na hora do sono, em que dormir vira um desafio todas as noites; 

– As alucinações se destacam no sentido auditivo, nesse caso;

– Percebe-se no paciente que a personalidade passa por algumas mudanças – geralmente os mais próximos costumam perceber. 

Esses sintomas não fazem parte de uma regra ou padrão, mas são alertas que você deve estar atento para sua presença em pessoas próximas. 

Alguns delírios podem ser caracterizados a partir de uma sensação de alguém estar querendo o seu mal ou ser o foco para alguma perseguição / espionagem. Além disso, é comum o paciente acreditar que é outra pessoa, como alguém famoso ou ser próximo a esse outro alguém. 

Acompanhamento psicológico e observação 

Esquizofrenia paranoide

Ninguém tem a obrigação de observar 24h por dia como alguém está se comportando, mas se, com base no que foi descrito até agora você percebeu em alguém próximo algum sintoma, talvez você deva avisar ou incentivar a consulta com o profissional, por exemplo. 

Em alguns casos, a esquizofrenia paranoide exige a internação médica, em que o paciente não consegue ter controle da sua mente e ninguém consiga lidar com esse indivíduo. Os dias em que o paciente continue internado vai depender do caso em que se encontre, mas todo cuidado é pouco. 

Não se preocupe, enquanto o paciente está controlado, todo o tratamento segue de modo ambulatorial, obviamente ligado a outros métodos (como terapia, psicoterapia etc.). 

Essa pessoa diagnosticada com a esquizofrenia paranoide viverá em tratamento a fim de conseguir manter uma vida normal. Alguns picos da doença serão normais, porém o desempenho do tratamento é fundamental. Mesmo que um dia essa pessoa não esteja bem, em outros, o tratamento vai fazer efeito e uma rotina pode até ser cumprida (trabalho, estudos). 

Lembre-se que o apoio familiar é uma parte muito especial e que deve estar presente a todo momento. Se sentir acolhido é muito bom, e estar em boas mãos o tempo todo é melhor ainda. 

O profissional que vai cuidar desse paciente não vai poder ficar todo o tempo com ele, quem vai ficar mesmo são os familiares ou responsáveis. Por isso a importância de uma boa relação e tratamento. 

O ambiente diz muito sobre como será o processo de tratamento desse paciente, por isso, criar e deixar o local de habitação dessa paciente da forma mais harmônica possível é um dos fatores mais importantes. 

Para ver mais sobre este tema, clique aqui.

Esperamos ter ajudado!

Felipe Laccelva

Felipe Laccelva

Psicólogo formado há mais de dez anos, fundador e CEO da Fepo. Fascinado pela Abordagem Centrada na Pessoa, que tem a empatia como eixo central para transformar o ser humano. Sempre buscou levar a psicologia para mais pessoas e dessa forma criar um mundo mais saudável e acolhedor.

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